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Luto migratório: a saudade que ninguém vê.

  • Caroline Ribeiro
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura

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Você foi, mas parece que uma parte ficou.

E ninguém te contou que isso podia doer tanto.

Talvez você tenha mudado de país buscando crescimento, segurança ou novas experiências. Mas, mesmo diante de conquistas, um vazio silencioso te acompanha. Isso tem nome: luto migratório.


O que é luto migratório?

Ao contrário do luto por uma perda física, o luto migratório acontece quando deixamos para trás tudo o que fazia parte da nossa identidade: família, cultura, sotaque, lugares, cheiros, hábitos.

Mesmo quando a mudança foi uma escolha, ela ainda envolve perdas. É natural sentir tristeza, confusão, raiva, saudade — às vezes tudo junto, às vezes sem saber exatamente por quê.

É o luto por aquilo que você viveu, pelas versões suas que não cabem mais nesse novo lugar.


Como ele se manifesta no dia a dia?

  • Saudade que machuca e não passa. Não é só falta da comida ou do clima. É a ausência dos vínculos, do "se sentir pertencente". Às vezes, bate quando você escuta alguém falar português na rua, ou quando tenta explicar um costume seu e ninguém entende.

  • Sensação de não estar nem aqui nem láVocê já não se sente totalmente brasileira como antes, mas também não é tratada como local no novo país. É como viver num "entre-lugar", onde você precisa se reinventar constantemente.

  • Cansaço emocionalO esforço para se adaptar à nova língua, entender regras sociais, lidar com a burocracia e com o medo de errar pode ser exaustivo. É comum sentir uma fadiga que vai além do físico.

  • Culpa por estar longeSentir-se dividida entre cuidar de si e não estar presente para quem ficou. Às vezes, surge o pensamento: “Será que fiz a escolha certa?” — mesmo quando tudo parece estar indo bem.


É possível elaborar esse luto?

Sim. O luto migratório precisa ser reconhecido e acolhido, não evitado. Permitir-se sentir, buscar espaços de escuta em que você possa se expressar em sua língua materna, construir novas rotinas com gentileza e, se possível, fazer terapia com alguém que compreenda essas vivências culturais.

Você não precisa "superar" o luto como se ele fosse um obstáculo — ele pode ser integrado à sua história com cuidado.


E se você estiver se cobrando demais para se adaptar rápido demais?

Toda mudança profunda leva tempo. Seu processo é único, e tudo o que você sente tem valor.


Se esse tema falou com você, talvez seja o momento de olhar com mais carinho para tudo o que essa mudança tem te causado.


Sou psicóloga e minha escuta clínica é acolhedora, técnica e sensível às dores de quem vive (ou já viveu) longe do seu lugar de origem. Atendo brasileiras expatriadas e imigrantes, com uma abordagem especializada em vivências interculturais.


Se quiser conversar sobre o seu processo ou entender como a terapia pode te ajudar, é só me chamar no WhatsApp: Clique aqui para falar comigo.


Você não está sozinha. A sua história merece ser ouvida.


Caroline Ribeiro, Psicóloga Clínica (CRP 08/30990)

 
 
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CAROLINE RIBEIRO
Psicóloga Clínica (CRP 08/30990)
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  Somente com hora marcada

Atenção: Este serviço não substitui atendimentos de urgência. Em caso de crise, busque ajuda imediata em serviços de emergência locais.

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