Culpa por ter ido: e a família que ficou?
- Caroline Ribeiro
- 30 de jul.
- 2 min de leitura

Você foi, mas a lembrança deles não sai do seu peito. A voz de alguém querido no telefone, as fotos no grupo da família, os aniversários perdidos... tudo isso parece pesar ainda mais quando você começa a se sentir culpada por ter ido.
O nó da culpa
Sentir culpa por ter deixado a família para trás é mais comum do que parece — especialmente quando a decisão de ir foi sua. Você pode até saber, racionalmente, que fez o melhor por você, mas emocionalmente, o buraco continua ali.
Muitas mulheres relatam algo parecido: um aperto no peito ao ver que os pais estão envelhecendo, que os irmãos enfrentam dificuldades sem a sua presença, ou que os sobrinhos estão crescendo sem que você acompanhe de perto.
A ideia de “egoísmo” que te ensinaram.
Crescemos aprendendo que pensar em si mesma pode ser sinal de egoísmo. E quando você faz algo por você — como morar fora, buscar uma nova vida, estudar, trabalhar — pode surgir a sensação de que está sendo “ingrata” com quem ficou.
Mas buscar a própria felicidade não é um ato de desamor. Pelo contrário: quando você se cuida, também cuida melhor das relações. Isso não anula a saudade, nem o desejo de estar perto, mas pode aliviar o peso da culpa.
Sentir falta não significa voltar.
É possível amar profundamente sua família, sentir saudades imensas e, ainda assim, saber que o seu lugar agora é outro. O sentimento de culpa costuma vir da ideia de que você precisa “escolher” entre viver sua vida ou estar presente na deles. Mas a vida fora pode incluir presença — de outros jeitos. Em ligações, mensagens, visitas, carinho à distância. A dor de não estar perto pode ser acolhida, mas não precisa virar punição.
E se você estiver se cobrando demais?
Talvez você esteja tentando dar conta de tudo: da vida nova, das saudades, das cobranças internas e do medo de decepcionar. Isso cansa, pesa e muitas vezes nos paralisa.
A culpa precisa de escuta, não de castigo.
Se esse tema falou com você, talvez seja hora de olhar com mais cuidado para tudo o que essa mudança tem te causado.
Sou pscióloga e minha escuta clínica é acolhedora, técnica e sensível às dores de quem vive (ou já viveu) longe do seu lugar de origem. Atendo brasileiras expatriadas e imigrantes, com uma abordagem especializada em vivências interculturais.
Se quiser conversar sobre o seu processo ou entender como a terapia pode te ajudar, é só me chamar no WhatsApp: Clique aqui para falar comigo
Você não está sozinha. Sua história merece ser sentida — e cuidada.



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