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Crise de identidade na imigração: “Não me sinto daqui, mas também não sou mais de lá”.

  • Caroline Ribeiro
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura
mulher de costas com uma mala

Você já se olhou no espelho e teve a sensação de estar no meio do caminho? Nem de um lugar, nem do outro? Como se, ao imigrar, algo em você tivesse mudado para sempre — e ninguém tivesse te preparado para isso?

Essa sensação de não pertencimento é mais comum do que parece. E ela carrega um nome: crise de identidade migratória. Um sentimento silencioso que confunde, esgota e, muitas vezes, isola.


1. Quando “lá” já não te define mais

Com o tempo, tudo muda: o jeito de falar, os hábitos, as referências. Ao visitar o Brasil, você pode perceber que já não se encaixa do mesmo jeito. Amigos comentam que você está diferente. E talvez estejam certos. A questão é que, nesse processo, você também pode sentir que perdeu um pedaço de si mesma.

Essa ruptura pode ser dolorosa, porque envolve a sensação de deixar para trás não só um país, mas uma versão antiga de quem você era.


2. “Aqui” também não te acolhe por inteiro

Mesmo vivendo no novo país há meses ou anos, ainda há momentos em que você se sente como visitante. As piadas culturais escapam, os códigos sociais são diferentes e, por mais que você se esforce, parece que está sempre tentando alcançar algo que não foi feito para você.

É um limbo identitário: você não pertence totalmente a lugar nenhum.


3. Entre dois mundos: quem sou agora?

Essa crise é, na verdade, um processo de reconstrução. Uma nova identidade está sendo formada — com partes de lá e de cá. E isso leva tempo.

O problema é que muitas pessoas se culpam por sentir isso. Acham que “já deveriam estar adaptadas”, que é “frescura” ou “drama”. Mas esse sentimento é legítimo. Mudar de país é também mudar por dentro.


4. Aceitar o entre-lugar: um passo de cada vez

Reconhecer que você está em trânsito — emocional, identitário, cultural — pode aliviar a angústia. Você não precisa se encaixar completamente. Talvez o que exista agora seja um novo espaço, seu, singular. Um entre-lugar onde você constrói uma nova versão de si.

E tudo bem se isso ainda não estiver claro. Aos poucos, você vai se encontrar de novo.


E se você puder fazer isso acompanhada?

A crise de identidade migratória não é sinal de fraqueza. É uma resposta emocional humana diante de uma mudança profunda.

Se esse texto falou com você, saiba que não precisa passar por isso sozinha. Minha clínica é especializada em vivências interculturais e em acolher quem vive as dores (e os ganhos) de estar entre mundos.


Se quiser conversar, entender melhor esse processo ou buscar apoio, clique aqui e fale comigo pelo WhatsApp. Estou por aqui, com escuta, cuidado e presença.


Caroline Ribeiro, psicóloga (CRP 08/30990)

 
 
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CAROLINE RIBEIRO
Psicóloga Clínica (CRP 08/30990)
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Atenção: Este serviço não substitui atendimentos de urgência. Em caso de crise, busque ajuda imediata em serviços de emergência locais.

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